CANCIÓN POR LA UNIDADE DE LATINO AMÉRICA. PABLO MILANÊS E CHICO BUARQUE

E quem garante que a História
É carroça abandonada
Numa beira de estrada
Ou numa estação inglória

A História é um carro alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue

É um trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos


sábado, 15 de janeiro de 2011

Patrimônio Histórico e cultural



Murilo Benevides de Oliveira
Faculdade Tecnologia e Ciências EaD

Marc Bloch e Lucien Febvre pioneiros da nova história
Após a Revolução Francesa (1789), os intelectuais da época tiveram a ideia de preservar todos os bens que pertenciam à nobreza e ao clero. Foi uma tentativa de guardar a memória histórica da nação, com o objetivo de manter o sentimento da sociedade, de pertencer a um país, um povo e fortalecer o elo de nacionalidade.

Naquela época, é importante lembrar, que tanto na França como na Europa, os estados eram religiosos (católicos) e monárquicos, baseados na identificação da nação com a Casa Real. Com a Revolução, as antigas relações com as velhas estruturas sociais perderam forças e deram espaço às novas estruturas republicanas de igualdade, refletida na cidadania dos homens.

Estas novas estruturas deram condições para a reavaliação do conceito histórico, que se baseavam no modelo positivista de interpretar a história, tendo o sujeito historiador reduzido a captar o que ele passiva, objetiva e acriticamente observa, encabrestando-se com a ideia de adotar uma atitude de aproximação do seu objetivo, tendo um reflexo fiel dos fatos passados, que seria puro de toda a distorção e subjetividade. Entretanto, toda essa neutralidade cientifica de escrever a história colocou de lado a cultura popular.

Com a ideia de que a preservação dos bens subsidiaria informações para manter as lembranças do passado, surgiu um novo conceito de historiografia, ou seja, a história escrita baseando-se nos bens culturais das gerações passadas, aproximando da antropologia, valorizando a cultura em um processo que ocorreu entre os séculos XIX e XX, e ganhou força em 1929, através de Marc Bloch e Lucien Febvre, com a fundação da revista dos Annales, que recusaram a história política por considerar que esta é a história a serviço dos Estados Nacionais, com seus heróis, batalhas e pretensões imperialistas. E a nova forma de escrever a história passou a valorizar a cultura popular.
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